A Fase da Dentição: Quando os Dentinhos Chegam, Todo Mundo Sente
Os primeiros dentinhos do bebê são uma das fases mais marcantes da primeira infância. Um marco de desenvolvimento importante, sim, mas que também pode vir acompanhado de muito choro, noites mal dormidas e pais se perguntando: “isso é normal?”
Quando começam a nascer os dentes?
A maioria dos bebês começa a ter os primeiros dentinhos entre 4 e 7 meses de vida. O mais comum é que os incisivos centrais inferiores (aqueles da frente, embaixo) apareçam primeiro.
Mas atenção: alguns bebês começam mais cedo, outros mais tarde — e tudo isso pode estar dentro do normal.
Sintomas mais comuns da dentição
A erupção dentária pode causar um verdadeiro “combo” de sintomas:
- Babação intensa
- Gengiva inchada, avermelhada ou sensível
- Irritabilidade
- Vontade de morder tudo
- Alterações no sono
- Perda temporária de apetite
Esses sinais aparecem porque o dente, ao rasgar a gengiva, causa um pequeno processo inflamatório.
“Mas e a febre e a diarreia?”
Essa é uma das maiores dúvidas — e um dos maiores mitos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria e a American Academy of Pediatrics, a dentição não causa febre alta nem diarreia intensa.
O que pode acontecer é:
- Um leve aumento da temperatura (até 37,8°C)
- Fezes mais moles, devido à saliva em excesso sendo engolida
Mas se o bebê tiver febre acima de 38°C, vômitos, diarreia forte ou prostração, o ideal é procurar o pediatra. Esses sintomas podem indicar infecções, e não estão diretamente ligados aos dentinhos.
O que pode ajudar a aliviar o desconforto?
Aqui vão algumas sugestões práticas, seguras e acolhedoras:
1. Mordedores refrigerados
Não congele — só resfrie. O frio ajuda a anestesiar levemente a gengiva.
2. Alimentos frios (para bebês que já iniciaram a introdução alimentar)
Banana geladinha, melão em pedaços grandes (ou em rede de segurança) ou até um gelinho de leite materno.
3. Chupetas ou paninhos limpos e frios
Simples e eficaz.
4. Camilia ou fitoterápicos (sempre com orientação do pediatra)
Homeopáticos podem aliviar os sintomas, mas devem ser usados com critério.
5. Muito colo e carinho
Não subestime o poder do aconchego. Às vezes, é tudo o que o bebê precisa.
Cada bebê sente de um jeito
Tem bebê que quase não sente nada e tem outro que sofre por semanas. Não se compare. E lembre-se: isso passa. É cansativo, mas faz parte do caminho do desenvolvimento.
Aqui no Mais que Mães, a gente entende que maternar fora do nosso país é um desafio a mais. Por isso, queremos ser um espaço de troca, apoio e informação segura.
Juntas é mais leve. Sempre.
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